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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lâmina d'água



Sou o riacho correndo mansinho
buscando carinho e cuspindo na dor
sou tulipa nas entranhas da serra
um peito que encerra a pureza do amor...

Vivo a sorrir dessa incerteza absurda
bebendo na fonte de meu aprender
zombo do ódio dos meus inimigos
que nunca entenderam meu bem querer...

Pedra rude, não poliglota é tupiniquim,
minha floresta tão bela
lindeza d’aquarela, tocata de oboé
o meu verde é o deleite dum coração
a sorrir de amor entre os igarapés...

Vez em quando à flor d’água,
a Yara beija um boto cor-de-rosa.


Marçal Filho
Itabira MG
05/07/2010

Dedico esse poema à Ceiça Bentes, legítima filha dos igarapés

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